POR ERICKA HERINGER SANTOS
“Não”… palavrinha pequena, mas que intimida muitos a proferi-la. Desde muito cedo, o processo de desenvolvimento da educação social está voltado a moldar a criança para ser “bonzinho”. Com isto, o comportamento de aceitar tudo e topar todas é visto como qualidade desejável socialmente. Afinal, é muito mais fácil lidar com o “bonzinho” do que com uma pessoa que consegue se posicionar e dizer “não” autenticamente.
Diante desta dificuldade, muitas pessoas crescem e passam a comprometer-se com coisas e situações que não condizem com sua vontade, seu desejo verdadeiro. Essas pessoas acabam tornando-se inibidas, inseguras, cedendo sempre à vontade alheia. Tal comportamento gera um desgaste emocional muito grande com sintomas como mau humor, raiva, ansiedade, irritação e o pior; faz com que a pessoa sinta-se ferida, com baixa autoestima.
Se por um lado o ser “bonzinho” tem suas desvantagens como descrito acima, qual seria a vantagem? Parece que é ser aceito socialmente. Mas, será que diante de tanto desgaste gerado por este comportamento vale a pena mantê-lo?
Dizer “não”. Parece bem simples e pode ser! Para saber dizer “não” você precisa prestar atenção no que você pensa e sente na situação que lhe convida a ser “bonzinho”. O fato de começar a se perceber te ajudará a ter força para se posicionar verdadeiramente, e ser autêntico. Conseguindo dizer “não”, você irá descobrir que é possível ser aceito, mesmo não sendo mais “bonzinho”.
Você vai percebendo que consegue se posicionar e vai sentir-se mais seguro e íntegro nas suas decisões diante das pessoas. E vai descobrindo a maravilhosa sensação de ser verdadeiro com você, valorizando e sendo valorizado pelo que você é na sua autenticidade.